quinta-feira, 21 de outubro de 2010

O marketing político pelas redes sociais

Desde que surgiram, as redes sociais têm causado grandes transformações no comportamento da sociedade moderna. Estudiosos tentam entender as diversas atitudes de uma população que expõe cada vez mais sua opinião sem nenhum receio ou restrição. Nesse âmbito, em época de eleições, políticos tentam usar ferramentas populares cibernéticas em seu favor, para promover um verdadeiro marketing político.

Navegando na internet, encontrei milhares de vídeos produzidos, e às vezes postados pelos próprios candidatos políticos conhecidos somente na rede. Os fatores para esse tipo de apelação aos sites de relacionamentos sociais devem-se a diversos fatores. A ausência de oportunidades nos horários eleitorais transmitidos pela televisão ou falta de recursos financeiros para uma grande produção – já que, a internet é uma área livre e muitas vezes, gratuita – podem ser um dos motivos que leve muitos candidatos restringirem suas campanhas às redes sociais.

Por outro lado, candidatos que têm seu horário eleitoral garantido na TV, posam de interessados e preocupados com a sociedade ao criarem um perfil no Twitter, por exemplo. A ferramenta possibilita a comunicação direta do candidato – ou, muitas das vezes um assessor – com seus eleitores. Essa verdadeira, ou não, proximidade, gera uma sensação de que o candidato se importa e está ciente das necessidades da população, atitude que pode reder muitos votos ao mesmo.

Por isso, tem sido comum a contratação de marqueteiros políticos e analistas de redes sociais que tenham experiência em usar as novas, ou antigas, mídias com o objetivo de se obter uma vitória eleitoral. Cursos para a especialização desses tipos de profissionais têm sido comuns desde a vitória do eleito presidente dos Estados Unidos Barack Obama, que desde sua campanha já possuía uma conta no Twitter.

Assim, nas campanhas eleitorais fica comum a formação da “imagem perfeita” sobre um determinado candidato. As redes sociais também possibilitam o alcance de distintos grupos sociais de acordo com cada ferramenta. Desse jeito, podem ser liberadas propagandas que alimente o que cada círculo social espere de um determinado candidato.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Conquista Ingrata

Com o sentimento de que poderia mudar o mundo, acordei no último domingo pensando se estava certa de minha decisão, ou, indecisão. A campanha eleitoral não tinha sido muito produtiva, pelo menos pra mim. Por quase três meses, mais ouvi candidatos se alfinetando, e jornais escarafunchando suas vidas privadas com designo de encontrar escândalos dignos de primeira página.

Votar em candidatos mal pretensiosos poderia resultar em um desastre maior ainda do que o já atual quadro político brasileiro. Mas, sem querer perder o direito de cidadã, antes de sair de casa, certifiquei-me de que estava com o número de todos os seis candidatos dos quais iria votar.

O calor escaldante, a dificuldade para estacionar o carro, a fila gigantesca de minha seção tudo estava me incomodando naquele momento. Mas, pensando nas lutas pelos direitos civis que meus antepassados sacrificaram suas próprias vidas para conquistar, tentei não ofendê-los ao máximo. Tentei segurar minhas reclamações pela situação desagradável em que me encontrava e por ter tido que abandonar minha cama mais cedo naquele domingo.

Após finalmente ter conseguido sair da cabine de votação, passei o resto do dia pensando a respeito do que poderia acontecer se determinados candidatos ganhassem aquela eleição. “Pelo pouco tempo que o Brasil teve pra analisar a situação do país e relacioná-la às propostas de cada candidato, talvez seja melhor haver um segundo turno”, pensei.

Horas mais tarde, minha reflexão se tornou realidade. Mais 30 dias para enfrentar novamente o calor (ou a chuva), trânsito, fila... Mas, quer saber? Talvez o problema esteja conosco, eleitores, que perdemos tempo demais reclamando. Quem sabe agora, uma segunda chance para refletir mais, pensar mais. Talvez, daqui a 30 dias eu acorde não apenas disposta a mudar o mundo, mas com a certeza dessa mudança não apenas pelo meu voto, mas de mim, como eleitora grata.